Arquivo da categoria: Turismo De Cotidiano

As alas estão abertas, é só passar!

 

Foto: Monica Silveira/ SPTuris, Fonte: SPTuris

Foto: Monica Silveira/ SPTuris, Fonte: SPTuris

Logo no início da semana já se viam as contagens regressivas para o Carnaval. Falta pouco para começar a folia… Hum, espera um pouco, para começar?! Em São Paulo, ela já teve início há algumas semanas, com a crescente adesão de cidadãos da maior cidade do País aos blocos de ruas e à volta das típicas comemorações carnavalescas. No resgate de tradições, as comemorações carnavalescas da cidade têm aumentado a cada ano. Claro, é evidente que há uma grande concentração de blocos pré e pós-carnaval, para aqueles que querem aproveitar a festa, mas que não dispensam uma praia durante o feriadão.

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Aventura pantaneira, alma brasileira

Pantanal, Mato Grosso do Sul (Foto: Luiz Guilherme Rodrigues Ferreira)

Pantanal, Mato Grosso do Sul (Foto: Luiz Guilherme Rodrigues Ferreira)

Visitar o Pantanal! Mais um dos grandes sonhos dessa alma viajante e item obrigatório para entender bem mais sobre as dimensões e pluralidade que formam o nosso Brasil. Paisagem rica em fauna e flora, típica de um universo interiorano e natural de uma das áreas mais preservadas do país. Uma junção de vida de fazenda e natureza selvagem. No momento em que me vi numa canoa, no meio do corixo (braço de rio), inebriada pelo visual composto por jacarés, plantas, uma família de queixadas e um casal de araras voando ao fundo, tive a sensação de ter encontrado a imagem que há anos faz parte do meu imaginário paulistano sobre a região. Só faltou o tuiuiú, ave símbolo do Pantanal, para complementar o cenário, mas já tinha visto alguns durante os dias em que estive por lá.

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As atrações de um lugar você é quem faz.

Pedro Gomes, MS

Pedro Gomes, MS

A melhor cidade para visitar é aquela que tem o que você gosta, ou quem você gosta! E toda cidade pode te reservar momentos especiais e surpreendentes. Para muitos, e em tantos lugares, pode surgir sempre a pergunta sobre os motivos de uma visita a determinada cidade, e principalmente, o que te leva a se encantar ou gostar de um lugar.

Visitar a família, rever pessoas queridas, conhecer lugares inexplorados, descobrir paisagens raras, vivenciar a simplicidade necessária e tão fora de moda nos grandes centros urbanos. O sorvete no meio da noite na praça iluminada, com a decoração de natal (tudo bem, ainda era final de dezembro, podia!), em meio às lembranças do dia que havia reservado o arco-íris ao alcance da mão, mostrando que o pote de ouro está no fato de viver o momento presente em plenitude, por sorte, envolto por águas cristalinas de uma cachoeira e pessoas queridas.

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Um giro pelo Mato Grosso DO SUL

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De paisagem pantaneira a flutuação em rios de muito peixe, passando por uma comida caseira de fazenda, pescarias e muito tereré. Acolhendo dois importantes biomas do Brasil, o Cerrado e o Pantanal, o estado do Mato Grosso DO SUL reserva boas surpresas e dias inesquecíveis. Isso mesmo, pode colocar bastante ênfase no “do Sul”, isso vai angariar a simpatia dos sul-mato-grossenses que ficam, com razão, bem incomodados com o desconhecimento de geografia de muitos brasileiros. Já rendeu muitas vaias, para políticos, músicos e artistas que vão se apresentar no estado e esquecem o importantíssimo “do sul” ou ousam respirar antes de terminar o nome do estado.

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Feiras Livres: comida, cultura, cotidiano e tradição

Feira Livre

Feira Livre em São Paulo

doces década de 80

Saudosos doces da década de 80 (Fonte: Vejinha SP)

“Hoje é dia de feira”, toda vez que digo isso, majoritariamente aos sábados, lembro-me com nostalgia quando minha mãe repetia essa frase toda terça-feira, quando tinha feira bem na rua onde morava, felizmente algumas casas para cima, ou seria bem em frente à barraca de peixe. Terça-feira era o dia de, se tivesse sorte, ir com minha mãe e, quem sabe, ganhar um pastel, uma prova de fruta ou, com muita insistência, um daqueles sucos ultra doces, mega coloridos, de composição duvidosa, vendidos em embalagens de plásticos em formato de carro, fruta e até revolver. Curiosa década de 80, quando o politicamente correto ainda não era intenso, andava-se sem cinto de segurança no carro, brincava-se na rua até tarde e até chocolates em forma de cigarro era um hit, pouco famoso pela qualidade, e sim pelo formato e a brincadeira de imitar fumantes.

As terças-feiras eram assim, um misto de delícia e descontentamento. Eu adorava ir à feira com a minha mãe, provar uma fruta e ver as mil coisas que eram vendidas ali, até roupa que eu não entendia muito bem porque faziam parte, ao lado da barraca de frutas, mas minha mãe nunca parava para ver. Já o almoço tradicional deste dia da semana não atraía tanto, sempre ficava na torcida para que fosse possível trocar por um pastel, que naquela época era de queijo, de carne ou pizza, muito diferente das mil opções disponíveis nas feiras hoje em dia. Com o argumento de que era bom para a saúde e para crescer forte, dificilmente conseguia fugir do bife de fígado. Sim, eu comia carne vermelha quando criança, só nunca foi meu prato favorito, perdia feio para a abobrinha. Era uma criança de hábitos alimentares também curiosos, parecia a propaganda da chicória, boa de garfo, mas fã de legumes e verduras, que eram ainda mais gostosos na terça-feira, comprados fresquinhos quase sempre nas mesmas barracas.

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Avenida Paulista de todos os paulistanos, e brasileiros, e estrangeiros, ah, de todo mundo!

Avenida Paulista, São Paulo (SP)

Avenida Paulista, São Paulo (SP)

“Por que todo paulistano gosta da Avenida Paulista?” Quando ouvi a pergunta de um sul-mato-grossense, enquanto caminhávamos por ela passando pelo Conjunto Nacional em direção ao Parque Trianon, a resposta foi praticamente automática: é um símbolo máximo de São Paulo. “É linda, mas é apenas uma rua cheia de prédios…”, afirmou, ainda em tom de questionamento. Não, não é apenas pela via larga e os arranha-céus característicos num ponto alto da cidade. A Avenida Paulista é esta representação de tudo o que está ao redor dela, a vida pulsante da cidade que não dorme nunca – se bem que eu bem me lembro de um domingo de madrugada que passei de carro pela avenida totalmente vazia e tive que aguentar a pergunta de amigos de fora de São Paulo sobre onde estavam as pessoas da cidade que não dorme nunca…

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Trabalhando e passeando onde quer que você esteja

3d illustration: Land and a group of suitcases. To take a vacati

“Você foi viajar a trabalho ou a passeio?” A pergunta é recorrente quando eu comento que estive na Amazônia, Portugal, Piauí, aqui ou algum lugar. O questionamento não é assim tão inovador, de certo também já fiz a mesma pergunta diversas vezes aos meus amigos e colegas. No entanto, a minha reação interna e percepção já mudaram completamente, até mesmo porque não sei exatamente como responder.

Fui passear, mas estava trabalhando! Mais do que falar sobre mobilidade, cada vez mais estou sentindo este conceito arraigado na minha visão de mundo e modelo de vida. Será que precisamos sempre pensar numa viagem que seja para uma coisa ou para outra? Precisa existir um objetivo central vinculado ao lugar onde estamos? Onde moro eu trabalho, onde passeio eu descanso? Tempo para trabalhar, tempo para passear?

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Pelas estradas portuguesas, novos horizontes ao testar novo meio de transporte

Coimbra, Portugal

Coimbra, Portugal

Quando estive no ano passado na terrinha, simplesmente me apaixonei. Não imaginava que me surpreenderia tão positivamente com a cultura e o povo lusitano, uma conexão muita além apenas da língua. No dia que deixei Portugal já estava decidido: voltaria outra vez com o desejo de viajar de carro, mais ou menos sem rumo, para desvendar novas paisagens e faces do país tão acolhedor e festeiro. Só não poderia imaginar que este retorno seria tão rápido. A oportunidade apareceu em junho, por conta de outras demandas, mas também abriu o espaço para uma breve roadtrip.

A decisão já estava feita, seria mesmo uma viagem de carro, para aproveitar bem os três dias disponíveis. Não que tenha deixado de amar a viagem de trem, tão característica e parte do meu imaginário caricato do que é estar e viver na Europa. Porém, uma viagem de carro tem lá suas vantagens, como a possibilidade de fazer seu próprio roteiro, parar no meio do caminho, maior mobilidade quando se tem pouco tempo. A propósito, como acontece com todos os meios de transporte. Trem, carro, avião, cada um tem suas vantagens e desvantagens.

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Leis e santos, elementos culturais de valor e prática.

Dia de São João, Festa Junina, Porto, Portugal

Dia de São João, Festa Junina, Porto, Portugal

Ao olhar o céu cravado de balões luminosos no céu de Porto em Portugal, ao mesmo tempo em que nos sentíamos surpreendidos pela beleza, ficávamos com a sensação de medo e perigo tão amplamente abordados na mídia brasileira. “Nossa, no Brasil é proibido por lei soltar balões e há amplas campanhas de conscientização”, comentamos com grupo de pessoas que estava conosco no churrasco de comemoração ao Dia de São João. “O pá, aqui não colocamos leis nos santos”, respondeu de maneira muito bem-humorada o jovem português que estava ao nosso lado. No contraponto oposto às propagandas brasileiras, soltar o balão em Portugal é até símbolo de festa explorado por uma das principais marcas de cerveja do país.

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Natureza exuberante

Praia do Tupé, Amazônia

Praia do Tupé, Amazônia

 Como se não houvesse nada ao redor, estava lá, simplesmente, contemplando a natureza. Não há como explicar… a mente se esvazia, surge uma consciência reconfortante de que somos parte de algo muito maior e a beleza preenche cada respiração. Era assim que eu me sentia naquele momento na Praia do Tupe, quando, apesar de tantas pessoas bacanas ao redor, era como se houvesse apenas o silêncio e a beleza daquela árvore preenchida pela metade de água pela cheia do Rio Negro.

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