Arquivo da categoria: Comportamento

Desculpe, não era bem o que eu queria dizer.

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“Absolutamente não foi essa a minha intenção”. “Não medi o quão humilhante e opressora poderia ser essa atitude”. “Não defendi isso, defendi aquilo”. “É a liberdade de expressão”. “Sinto muito se ofendi alguém ao usar ‘tal expressão’”, “Peço desculpas se deu às pessoas a impressão errada”. Frases bastante corriqueiras na vida em sociedade, afinal, muitas vezes, só nos damos conta do ‘estrago’ das palavras e ações depois que as consequências acontecem.

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Desinformação e despreparo aumenta a confusão.

A visão de quem estava na situação da parada ontem na linha vermelha do metrô em São Paulo.

Estação Bresser-Mooca às 20h45 da terça-feira, 04 de fevereiro de 2014

Estação Bresser-Mooca às 20h45 da terça-feira, 04 de fevereiro de 2014

Já era começo da noite quando resolvi voltar para casa, apesar da claridade do pôr-do-sol às 19h20 nesse verão intenso. Depois de uma reunião produtiva na Zona Leste de São Paulo, me dirigi até o metrô para voltar à Zona Oeste da capital paulista onde moro. Ingênua, como uma das maiores defensoras do metrô e adepta convicta do transporte público, até elogiei em voz alta para alguns amigos a linha amarela, que deixou este trajeto bem mais rápido e simples, ainda que seja um absurdo não estar pronta por completo. Naquele horário, no fluxo contrário do movimento mais intenso, certamente chegaria em casa rapidamente. Só que não!

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Mais do que feliz ano novo, feliz novas possibilidades!

happy new year

Chegou o tal 31 de dezembro. Alguns estão ansiosos pela festa. Outros focados em aproveitar o feriadão, a viagem, a praia, o sol, a família, os amigos. Muitos ainda energizados pela participação na corrida de São Silvestre. Independente de onde se está ou do que se está fazendo, é também o dia tradicional de repensar e, principalmente, plasmar sonhos e objetivos para o ano que se inicia. Ainda que nada de prático realmente mude, afinal, continua sendo um dia atrás do outro, com uma noite espremida no meio, o simbolismo da mudança de ano representa o recomeço e a continuidade. A chegada de novo ciclo e, com ele, novas possibilidades.

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Em tempos de verdadeiro espírito natalino, eu tenho pesadelos de ordem prática.

Está chegando o Natal. No último dia antes da véspera natalina e as trocas de presentes, intensifica a correria em busca dos presentes. Lojas, ruas, shoppings lotados. Como dizem os especialistas, também um prato cheio para sair do orçamento. Ainda mais com alguns preços exorbitantes.

Esse texto foi do ano passado. Mas o que você acha? Como estão os preços neste ano?

Em tempos de verdadeiro espírito natalino, eu tenho pesadelos de ordem prática..

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Quando o carro realmente faz falta

car sharing

Há mais de um ano resolvi adotar uma vida sem carro em São Paulo. Decisão arrojada, que arranca olhares de admiração ao horror, e todas as variações que cabem neste intervalo. Eu simplesmente adoro, apesar da incredulidade de muitos. O sistema de transporte público em São Paulo não é dos melhores, mas também não é dos piores. É um assunto atualmente bastante polêmico, após a implementação de novos corredores de ônibus na capital paulista, que parece ter dividido a população paulistana em dois grupos, favoráveis e contrários, ao menos mais evidentes em inúmeros comentários em blogs que se propõem a tratar o assunto.

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Feiras Livres: comida, cultura, cotidiano e tradição

Feira Livre

Feira Livre em São Paulo

doces década de 80

Saudosos doces da década de 80 (Fonte: Vejinha SP)

“Hoje é dia de feira”, toda vez que digo isso, majoritariamente aos sábados, lembro-me com nostalgia quando minha mãe repetia essa frase toda terça-feira, quando tinha feira bem na rua onde morava, felizmente algumas casas para cima, ou seria bem em frente à barraca de peixe. Terça-feira era o dia de, se tivesse sorte, ir com minha mãe e, quem sabe, ganhar um pastel, uma prova de fruta ou, com muita insistência, um daqueles sucos ultra doces, mega coloridos, de composição duvidosa, vendidos em embalagens de plásticos em formato de carro, fruta e até revolver. Curiosa década de 80, quando o politicamente correto ainda não era intenso, andava-se sem cinto de segurança no carro, brincava-se na rua até tarde e até chocolates em forma de cigarro era um hit, pouco famoso pela qualidade, e sim pelo formato e a brincadeira de imitar fumantes.

As terças-feiras eram assim, um misto de delícia e descontentamento. Eu adorava ir à feira com a minha mãe, provar uma fruta e ver as mil coisas que eram vendidas ali, até roupa que eu não entendia muito bem porque faziam parte, ao lado da barraca de frutas, mas minha mãe nunca parava para ver. Já o almoço tradicional deste dia da semana não atraía tanto, sempre ficava na torcida para que fosse possível trocar por um pastel, que naquela época era de queijo, de carne ou pizza, muito diferente das mil opções disponíveis nas feiras hoje em dia. Com o argumento de que era bom para a saúde e para crescer forte, dificilmente conseguia fugir do bife de fígado. Sim, eu comia carne vermelha quando criança, só nunca foi meu prato favorito, perdia feio para a abobrinha. Era uma criança de hábitos alimentares também curiosos, parecia a propaganda da chicória, boa de garfo, mas fã de legumes e verduras, que eram ainda mais gostosos na terça-feira, comprados fresquinhos quase sempre nas mesmas barracas.

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O tempo que está mesmo passando rápido demais?

árvore de natal

Começou dezembro! Automaticamente comentários do tipo “nossa, como o tempo está passando rápido”, “mal acabou o carnaval e já é natal”, “me assustei quando vi os panetones no mercado e percebi que o ano acabou” são utilizados com intensidade e frequência. Não que outras frases e variações do mesmo tema não sejam aplicadas em conversas ao longo de todo o ano. Porém, ao ingressar no último mês de cada ano, parece impossível passar um dia sem escutá-la.

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Desculpem-me os ciclistas, mas este discurso da bike está me irritando!

bike and walk

É muito legal ver, cada dia mais, crescer o discurso em prol da verdadeira mobilidade em São Paulo. Iniciativas como a caronetas, São Paulo sem carro, incentivo ao transporte público e um número crescente de pessoas pensando em alternativas para evitar o desperdício absurdo de horas da sua vida nos congestionamentos com certeza ajudam a melhorar a cidade e um dos seus principais problemas: o trânsito que beira o absurdo.

A bicicleta, certamente, é mais uma alternativa. Alia transporte, respeito ao meio ambiente e à prática de atividade física. Com o sistema de aluguel de bicicletas, apesar de carinho, pode ser alternativa para distâncias curtas. Aos finais de semana, pode ser uma interessante opção de lazer e possibilidade de perceber mais a cidade ou seus parques. Transformar a bicicleta no seu principal meio de transporte diariamente, porém, depende de uma escolha pessoal e de infraestrutura que viabilize tal escolha. Em uma cidade com as proporções e características de São Paulo, conseguir estabelecer um estilo de vida coerente com seu uso é um desafio e tanto. Tempo, trajeto, segurança são apenas alguns dos aspectos a serem considerados.

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Expectativa é critério, ou não?

checking

Quem nunca foi ao cinema para ver o aclamado filme, visitou uma cidade que todos seus amigos disseram que era simplesmente incrível, se desdobrou para ir até a famosa doceria que tem o bolo tal maravilhoso e saiu de lá com aquela sensação “Ah tá, era isso?!”. Quando isso acontece é sempre muito chato, afinal, há aquele grau de esforço para experimentar alguma coisa que, no final das contas, não foi bem aquilo que você esperava.

Talvez esteja aí a grande causa desse sentimento, colocar a expectativa lá no alto, o primeiro passo para a frustação. A frase pode até parecer meio depressiva, mas não é. Pelo contrário. É uma das alternativas para que muitas experiências deixem de ser assim tão borocoxôs. E olha lá que não estou falando apenas de sobremesas, viagens e filmes. Fazemos isso o tempo todo em muitos aspectos de nosso cotidiano e de nossas vidas. Mesmo que identificado por outro nome diferente de expectativa.

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Trabalhando e passeando onde quer que você esteja

3d illustration: Land and a group of suitcases. To take a vacati

“Você foi viajar a trabalho ou a passeio?” A pergunta é recorrente quando eu comento que estive na Amazônia, Portugal, Piauí, aqui ou algum lugar. O questionamento não é assim tão inovador, de certo também já fiz a mesma pergunta diversas vezes aos meus amigos e colegas. No entanto, a minha reação interna e percepção já mudaram completamente, até mesmo porque não sei exatamente como responder.

Fui passear, mas estava trabalhando! Mais do que falar sobre mobilidade, cada vez mais estou sentindo este conceito arraigado na minha visão de mundo e modelo de vida. Será que precisamos sempre pensar numa viagem que seja para uma coisa ou para outra? Precisa existir um objetivo central vinculado ao lugar onde estamos? Onde moro eu trabalho, onde passeio eu descanso? Tempo para trabalhar, tempo para passear?

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